Os relógios de rua de São Paulo vão exibir mensagens de orientação sobre o trânsito e serão equipados com câmeras embutidas. Essa nova configuração dos equipamentos será exigida na licitação que a gestão Gilberto Kassab (DEM) vai abrir no próximo ano.
Os atuais relógios -que mostram hora e temperatura e exibem propaganda vendida pela empresa que administra os equipamentos- continuarão funcionando até a troca pelos novos modelos, que poderão exibir também mensagens institucionais e outras informações, como qualidade do ar e pontos de alagamento.
A idéia é que as imagens captadas sejam usadas pelos órgãos de segurança e pela área de trânsito. Atualmente, São Paulo enfrenta a falta de informação adequada para o trânsito.
No mês passado, a Folha mostrou que o serviço de informações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) desconhece interdições autorizadas pela própria empresa e que sete dos dez painéis eletrônicos das marginais Tietê e Pinheiros estão desligados.
A cidade tem hoje 333 relógios de rua instalados em locais estratégicos da região central e de áreas nobres. A previsão é que esse número pelo menos dobre, podendo chegar a até mil unidades -os cálculos financeiros que servirão de base para a definição do número ainda estão sendo feitos.
Quem dá manutenção e vende propaganda nos relógios atuais é a Publicrono (associada à gigante francesa JCDecaux), fruto de um contrato que dura mais de uma década.
Esse contrato venceu em dezembro do ano passado, mas a prefeitura prorrogou por um ano para evitar que os equipamentos fossem desligados.
A prorrogação vencerá no próximo dia 18, mas a prefeitura já decidiu fazer um novo aditamento, por um período que pode ir de seis meses a um ano.
Com isso, por pelo mais seis meses a Publicrono continuará a ser detentora do monopólio da exploração comercial da publicidade nas ruas de São Paulo, restrita desde a entrada em vigor da Lei Cidade Limpa, em 1º de janeiro de 2007. Depois, o monopólio, por um período de até 15 anos, será da empresa que vencer a licitação.
A Lei Cidade Limpa permite propaganda apenas no mobiliário urbano, especificamente relógios de rua e pontos de ônibus, após licitação.
Kassab disse que a propaganda nos relógios já está incorporada à paisagem da cidade e que a população concorda, por isso autorizou a prorrogação do atual contrato e a abertura da licitação. Sobre os abrigos em pontos de ônibus, disse que ainda "não está convencido".
Regina Monteiro, diretora da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), disse que o edital está quase pronto, mas que a licitação deve demorar pelo menos seis meses porque estão sendo calculados custos como manutenção dos equipamentos e a montagem da central que gerenciará as informações -incluindo o envio das mensagens de trânsito e o processamento das imagens captadas pelas câmeras de segurança.
Segundo ela, a estimativa é que cada equipamento custe cerca de R$ 100 mil para a empresa que vencer a licitação, já incluídos nesse valor os custos para a montagem da central.
A prefeitura estima arrecadar até R$ 30 milhões com a licitação dos relógios. Hoje, para ter o direito de explorar a propaganda, a empresa paga à prefeitura R$ 700 por mês para cada equipamento (cerca de R$ 3 milhões por ano). O dinheiro é usado na manutenção das placas com os nomes das ruas.
09/12/2008
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