Atacado aumentará venda de material escolar ao governo


Os grandes grupos atacadistas de materiais escolares de São Paulo, como Kalunga e Koraicho, elevaram seus estoques de olho no aumento das vendas para um cliente que promete aumentar seus gastos no próximo ano: o governo do Estado de São Paulo. As empresas já se preparam para as licitações governamentais que ocorrem geralmente no final do ano e o início de janeiro. A expectativa é que o aumento das vendas de kits escolares para o governo auxilie no crescimento de 30% esperado para as vendas de material escolar no período de volta às aulas de 2007, em relação a este ano
A Koraicho Atacado e Varejo projeta aumentar em 25% suas vendas para o governo do estado e algumas prefeituras. Atacadistas que antes não realizavam vendas para o governo passaram a estudar essa possibilidade, como é o caso da Clóvis Atacadista, de São Paulo, uma das maiores do País. Prefeituras do interior do Estado de São Paulo também devem comprar mais os kits.
O responsável pelas licitações públicas da Kalunga, maior atacadista e varejista de artigos escolares e produtos de informática do País, Tufi Jubran, diz que em 2007 deverá haver aumento de vendas de material escolar do atacado para o governo Estadual, caso haja o esperado aumento do número de itens do kit escolar, que inclui materiais escolares básicos como cadernos, canetas e borrachas. “As vendas públicas da Kalunga representam 4% das nossas vendas totais de material escolar e esse número pode aumentar no ano que vem por conta do maior incentivo à educação.”
A Kalunga realizou vendas públicas de material escolar no valor de R$ 30 milhões de 2005 para 2006 — R$ 20 milhões foram vendas para a Prefeitura de São Paulo, o que representou um milhão de kits, e o restante das vendas dividiu-se entre o governo estadual e federal, explica Jubran.
“Como este foi um ano eleitoral, precisamos esperar que os novos governantes assumam seus cargos, o que atrasará um pouco as decisões de compras de material escolar”, afirma Jubran.
Jubran conta que desde o governo Fernando Henrique houve uma descentralização dos recursos para a educação e que o kit escolar da prefeitura possui maior número de itens que o do estado.“Depois que o futuro governador José Serra assumir, pode ser que haja um investimento maior na compra de kits escolares. A prefeitura compra há muitos anos e o estado começou no ano passado, comprando não só material escolar, mas mochilas também”, diz.
A responsável pelas vendas ao governo da Koraicho, Daniele de Freitas Valia Reis, diz que existem prefeituras do interior interessadas na compra do kit. “Nós vendíamos apenas para a Prefeitura de São Bernardo (SP) e este ano projetamos vender para o governo do estado de São Paulo”, conta.
Ela diz que não só as licitações para compra de kits escolares deverão aumentar, mas também o número de itens do kit do estado. O produzido pela Koraicho possui 10% dos seus itens importados da China. “O kit do estado deverá ficar mais completo, pois eles começaram a distribuição no ano passado e deverão melhorar a qualidade e quantidade dos kits distribuídos em 2007. A primeira leva não supriu completamente as necessidades dos alunos”, conta Daniele. Ela diz que as vendas da Koraicho para a Prefeitura de São Bernardo deverão crescer 10% em relação a 2005. “Com as mudanças de governos, as licitações deverão sair no começo de 2007. Ampliamos nosso sistema de logística já pensando nas vendas para o governo. Alugamos um novo galpão na avenida Hugo Fumagali, no bairro de Cumbica, em Guarulhos (SP), para armazenagem, de 12 mil metros quadrados. Aqui na matriz temos apenas 4 mil metros quadrados”, afirma.
A gerente de vendas da Koraicho, Alessandra Borovina, diz que a empresa projeta um aumento de vendas de 30% no período de volta às aulas em 2007 em relação ao mesmo período de 2006.
“Incrementamos muitas linhas de produtos negociadas na Feira Escolar do Anhembi, em agosto, que é o evento no qual são definidas as marcas a serem comercializadas no volta às aulas. Nosso estoque também está 30% maior. A economia estável também deverá favorecer as vendas”, conta Alessandra Borovina.
O gerente de compras da Clóvis Atacadista, empresa distribuidora de artigos de papelaria e informática, Jorge Águas, diz que a empresa ainda não vende para o governo, mas que pode começar a vender caso se intensifiquem os investimentos em educação.
“Estocamos 30% a mais este ano em relação a 2005 e projetamos um aumento de 30% nas vendas do volta às aulas de 2007“, diz o gerente.
Águas conta que as vendas aumentarão por conta de um planejamento agressivo formulado no início de 2006. “Fizemos investimentos na ampliação das lojas, do mix e no telemarketing. O investimento geral foi 10% a 12 % maior que em 2005”, diz Águas.


07/11/2006

Fonte: DCI Comércio e Industria

 

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