Um dia depois de vir a público um problema que já se arrasta há mais de um ano na Câmara Legislativa e que, por decisão judicial, pode culminar com a suspensão dos serviços da rede de informática por tempo indeterminado, o vice-presidente da Casa, Paulo Tadeu (PT), resolveu tomar uma decisão, acertada com o presidente, Alírio Neto (PPS): a compra de equipamentos para substituir aqueles que hoje são da Adler Assessoramento Empresarial e Representações. "Já existem algumas licitações em andamento e outras que ainda precisam caminhar. Mas vamos fazer os procedimentos dentro de um amparo legal. Não existe a menor possibilidade de fazermos a locação, porque isso é escoar dinheiro público para empresas privadas”, garante Paulo Tadeu. Ele se refere ao gasto médio de R$ 6.322.400 a mais, ou seja, 312,28%, caso opte por alugar os equipamentos ao invés de comprá-los.
Questionado por que o Legislativo não tomou tal atitude antes de o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) determinar a retirada dos equipamentos, Tadeu respondeu que manobras internas de deputados distritais estariam evitando que os procedimentos transcorressem de forma rápida. O objetivo seria uma situação emergencial para justificar o aluguel.
No entanto, mesmo com a manifestação pela compra, a Câmara não está livre de ter suas atividades essenciais interrompidas. Isso porque a estimativa para abertura e conclusão da licitação, além da compra e instalação de todo o equipamento, deve levar pelo menos 60 dias. O problema é que os “switches (responsáveis pela transmissão de dados) e no breaks (que garantem o fornecimento ininterrupto de energia elétrica) serão retirados assim que a Justiça expedir o mandado de busca e apreensão. E isso pode ocorrer a qualquer momento, já que os 15 dias de prazo – a partir da decisão judicial em 31 de julho – já venceram.
“Se isso acontecer (a retirada dos equipamentos), a gente vai ter a opção do sacrifício em detrimento da ilegalidade”, defende Paulo Tadeu. “Vamos torcer para que o Poder Judiciário compreenda que se isso acontecer alguns serviços que poderiam interessar a população não poderão acontecer”, completa.
O vice-presidente sinalizou ainda para a possibilidade de investigação do caso. Os equipamentos utilizados hoje são objeto de contrato firmado no final de 2005 entre a Adler e a Codeplan, que os disponibilizou informalmente para a Câmara até o final de 2006. E desde então a empresa não recebeu um tostão pela locação. “Vou sugerir que se faça um procedimento de investigação interna para saber por que esses equipamentos estão aqui sem nenhum respaldo legal”, planeja o distrital.
30/08/2007
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