BRASÍLIA - O ex-diretor de Administração dos Correios Antônio Osório, que depõe neste momento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, disse que não houve ilegalidade no aditivo do contrato publicitário assinado entre os Correios e a empresa SMP&B, de Marcos Valério, acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o principal operador do esquema de pagamento de 'mesadas' a deputados da base governista.
O valor do contrato era de R$ 72 milhões e passou para R$ 90 milhões depois do aditivo.
Osório lembrou que o aditivo é um recurso previsto pela Lei de Licitações (8666/93) e garantiu que não conhecia o empresário na época. O ex-diretor afirmou que as licitações eram feitas pelos órgãos técnicos da empresa e que ele e Maurício Marinho, seu subordinado, não tinham influência sobre o processo. Maurício Marinho foi chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios e foi filmado recebendo R$ 3 mil em propinas, episódio que provocou a instalação da CPMI.
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