BRASÍLIA, 19 de setembro de 2006 - O governo investirá R$ 1,2 milhão na construção de centros de distribuição na África do Sul, China e Panamá no ano que vem. Construídos em locais estratégicos, próximos a portos e aeroportos, os centros - além de armazenar os produtos brasileiros no exterior - funcionam como uma espécie de filial das empresas brasileiras em outros países, cedendo salas para reuniões, espaços para exposições e até o próprio endereço para a abertura de firmas no local. Para tanto, as empresas pagam mensalidades de cerca de US$ 800. "Jamais uma pequena ou média empresa teria a possibilidade de internacionalização a um custo tão baixo", diz Juan Quirós, presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), órgão responsável pelo projeto ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo Quirós, a Apex já iniciou negociações com empresas interessadas em atuar nos novos mercados. No mês que vem, representantes do governo panamenho virão ao Brasil para assinatura de contratos para a construção do centro. A Apex ainda está escolhendo os locais de construção dos outros dois centros, em Joanesburgo (África do Sul) e Xangai (China). "Estamos conversando com empresários e associações e levantando os principais setores exportadores para esses países", diz Quirós. O primeiro centro de distribuição foi inaugurado em maio do ano passado em Miami (EUA). Setenta empresas usam o espaço, o que corresponde a uma taxa de ocupação de 93%. As vendas feitas a partir do centro somam US$ 11 milhões até julho deste ano. Outras quatro unidades já foram abertas em Lisboa (Portugal), Frankfurt (Alemanha), Varsóvia (Polônia) e Dubai (Emirados Árabes Unidos) e estão iniciando as operações de armazenagem e distribuição. Mais de 500 empresas já assinaram contratos com a Apex para utilizarem os centros, que são incubadoras das empresas no exterior. Os contratos são assinados por 18 meses. Vencido o período, as empresas devem andar com as próprias pernas. "Isso diminui os riscos do negócio não dar certo porque, depois desse período, a empresa já sabe como negociar, vender e adaptar o seu produto para o mercado", declara Roberto Weingrill Júnior, diretor de Comércio Exterior da Weril Instrumentos Musicais. Apesar de já exportar há 25 anos, a Weril procurou o centro de Miami em janeiro. Abriu uma empresa nos Estados Unidos apoiada pelo centro, que mantém listas de advogados, contadores e distribuidores. Desde então, dobrou suas vendas ao exterior de R$ 800 mil no primeiro mês do ano para R$ 1,6 milhão no mês passado. Já o número de compradores passou de 30 para 3 mil. "O mercado americano exige certos procedimentos e garantias que só foram possíveis com o apoio do centro e a abertura de uma empresa no país", diz Weingrill Júnior. "Muitos compradores americanos não querem fazer transação internacional mesmo que você tenha um produto excelente", acrescenta. A Apex planeja ainda construir centros de distribuição regionais, que atenderão demandas específicas de determinado local. O primeiro deve ser construído na região de Boston (EUA), para dar apoio logístico a setores como cerâmica e cachaça, que têm mercado potencial na área.
19/09/2006
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