Uma área com mais de 8 mil metros quadrados ao lado do Estação Embratel Convention Center, em Curitiba, pode “engrossar” em pelo menos R$ 10 mil o orçamento mensal da Rede Ferroviária Federal S.A.(RFFSA) a partir do ano que vem. Esse é o preço mínimo que a rede estabeleceu para a licitação da permissão do uso do terreno como estacionamento, com recebimento de propostas marcado para o dia 8 de novembro. A área, onde cabem cerca de 200 carros, equivale a 6,7% do total de terrenos (80 mil metros quadrados) que a empresa em liquidação já vem locando na capital – um rendimento mensal em torno de R$ 100 mil para pagamentos de dívidas trabalhistas.
“Temos grandes terrenos e prédios na cidade que estão, em tese, disponíveis, mas que por razões diferentes, como ações e penhoras trabalhistas, não podem ser vendidos ou explorados”, diz o chefe do escritório regional da RFFSA em Curitiba, Mauro Mello Piazzetta. Boa parte dos bairros Prado Velho e Rebouças pertence à rede: o terreno e quadras vizinhas à rodoferroviária, por exemplo, e áreas próximas à Avenida Marechal Floriano, onde estão localizadas algumas concessionárias de veículos. “A locação é a forma que achamos de remunerar o patrimônio e inibir invasões”, informa Piazzetta. No total, calcula o chefe do escritório regional, há em Curitiba 200 mil metros quadrados de terrenos da empresa em liquidação que podem ser ou já são usados para locação. As áreas não podem ser vendidas porque estão penhoradas por dívidas trabalhistas: em todo Paraná e parte de Santa Catarina, a rede responde a cerca de 3.500 ações trabalhistas e cíveis.
O terreno em licitação vinha sendo usado como estacionamento desde 2001 e está vazio desde o início deste ano. “Apesar do shopping ao lado ter uma ampla área de estacionamento, nosso terreno já foi bastante usado para ônibus. O pátio já chegou ter mais de 40 ônibus estacionados, por isso acredito que irão surgir interessados”, avalia Piazzetta. Além do aluguel do terreno, a rede tem planos de lucrar cerca de R$ 15 mil com a concessão de espaço para colocação de outdoors e a venda, que já está em processo de liberação por parte da RFFSA, do Station Mall, uma construção feita para funcionar como um pequeno shopping center, mas que não teve bons resultados. A construção de 2,1 mil metros quadrados, com terreno de 6,8 mil metros quadrados, fica a uma quadra da rodoferroviária.
Para o vice-presidente de comercialização imobiliária do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Marcos Machado, o fato de ter terrenos próximos ao centro da cidade não garante à RFFSA um bom negócio. “A região do entorno da rodoferroviária não é um ponto muito valorizado comercialmente, porque a freqüência da região é de uma população muito modesta, que está ali só para pegar ônibus. Não é qualquer empreendimento que dá certo ali”, avalia.
09/10/2006
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