Irregularidades em licitações levam à investigação o diretor da Infraero


O Conselho de Administração da Infraero, a estatal responsável pelo funcionamento dos aeroportos, se reunirá no próximo dia 23 com uma pauta explosiva. Vai tratar da licitação aberta para a compra de 79 ônibus pela companhia para transportar passageiros entre terminais aéreo e os aviões. Coordenada pela Diretoria de Operações, ocupada pelo engenheiro Rogério Amado Barzellay, a compra foi suspensa a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) que detectou defeitos graves no processo. Fontes do conselho garantem que o colegiado também pedirá o afastamento de Barzellay , como aconteceu na última segunda-feira em relação a outros quatro servidores da estatal.
Antes da revogação do pregão, Barzellay tinha autorizado a compra de oito ônibus, que custaram quase o dobro do valor de mercado. A Infraero pagou R$ 535 mil por veículo. O conselho tem ainda outros motivos para suspeitar do diretor. Uma licitação na modalidade pregão eletrônico, feita ano passado pela Diretoria de Operações, para a compra de máscaras de proteção contra gases tóxicos produzidos por incêndios está sendo analisada pela auditoria da Infraero. As10,2 mil máscaras descartáveis foram fornecidas pela Merco Shipping Marítima Ltda. ao preço de R$ 546 a unidade. No total, foram R$ 5,4 milhões, dos quais R$ 3 milhões já estão quitados.
A empresa Merco Shipping Marítima também está sendo investigada. Ela alterou cláusulas do contrato social pouco tempo antes de concorrer na licitação da Infraero. Antes de ampliar sua área de atuação, a empresa prestou serviço à Companhia Docas do Rio de Janeiro e de São Paulo, subordinadas ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit), onde Barzellay era, até julho de 2004, coordenador de Portos. Também quando exercia a superintendência da hidrovia Araguaia-Tocantins foi investigado e multado em R$ 20 mil pelo TCU, porque contratou “desnecesariamente” uma empresa para assessorá-lo.
“Quitei em 20 parcelas. Era mais barato pagar a multa que contratar um advogado para me defender”, explicou. Atualmente, Barzellay está sendo investigado pelo TCU por irregularidades na gerência da hidrovia que não providenciou licença ambiental para a obra. Barzellay não lembra de ter contratado a Merco Shipping Marítima quando estava no Dnit. “O cargo que ocupei não assina contrato e não autoriza licitações”, explicou. O diretor garantiu que não conhece a empresa nem seus sócios. Sobre a licitação para a compra de máscaras, ele disse que somente autorizou a abertura da licitação. “Não me envolvo no processo. Não sei de valores, não assino contratos”, disse.
Um dos sócios da Merco Shipping, especializada em transporte e fluvial, Fábio Scheunstuhl argumentou que a empresa passou a vender máscaras ano passado com a saída do mercado da então única fornecedora. “Não mudamos o contrato social para atender às exigências da Infraero, mas para atuar no setor que ficou sem fornecedores”, afirmou. No processo da licitação da estatal, no entanto, outras cinco empresas apresentaram propostas para fornecer o produto.


11/04/2007

Fonte: Correio Braziliense

 

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