Leilão reverso girou R$ 3 bilhões em 2004 no Mercado Eletrônico


São Paulo - Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três... e o leiloeiro bate o mar-telo para a menor oferta. No leilão reverso é assim. Realizado via internet, ao contrário do leilão tradicional, vende quem apresenta a proposta de menor preço.
É justamente a possibilidade de gastar menos na compra de produtos e na contratação de serviços que vem atraindo um contingente cada vez maior de empresas para essa modalidade de negociação eletrônica em que o comprador informa aos fornecedores o que quer comprar e como pretende pagar.
Eduardo Nader, presidente do Mercado Eletrônico, site que oferece esse tipo de serviço, diz que dobrou o número de leilões reversos por ele realizado do início de 2004 para cá. Passou de uma média de 50 mensais para 100.
Segundo Nader, só no Mercado Eletrônico o novo filão do chamado mercado de business to business movimentou algo em torno de R$ 3 bilhões, no ano passado. "Em relação a 2003, isso representou um aumento de 160%", afirma Nader, que transacionou, em 2004, um total de R$ 16 bilhões em negócios realizados entre 38 mil compradores e fornecedores do porte de grupos como a Ambev, Brasil Telecom, Souza Cruz, Philips, Accor, Braskem, Alcan, Martins, Telemar, Sul América, Ultragaz e Saint-Gobain.

Conta de luz
A Bandeirantes Energia, empresa do grupo português EDP, com sede em São Paulo, é outra que aposta nesse novo sistema de compras. Participa de leilões reversos desde 2001 para contratar serviços de manutenção e limpeza das concessionárias do grupo, que reúne a Enersul e a Escelsa, além da própria Bandeirantes.
Em 2004, a participação do grupo em leilões reversos praticamente dobrou, em valor, quando comparado ao exercício anterior.
No mais recente deles, realizado em fins de novembro passado, a empresa contratou serviços de manutenção e de limpeza por R$ 6,5 milhões, "uma economia da ordem de R$ 700 mil em relação ao contrato anterior", diz Dalton Rogovschi, gerente executivo de Logística e Suprimentos da Bandeirantes.
Por causa dessa diferença, a concessionária já se prepara para, ainda no primeiro semestre, utilizar-se do leilão reverso também na contratação de serviço de entrega de contas de luz e na compra de transformadores e medidores. "No caso desses equipamentos, estamos falando de encomendas no valor de R$ 20 milhões", afirma Rogovschi. Ele explica que o seu departamento de compras gasta cerca de R$ 230 milhões por ano. Cerca de 50% desse valor são transacionados pelo mercado eletrônico. "O leilão reverso já concentra 5% das nossas compras pelo mercado eletrônico".

Ponto Frio
A rede de varejo Ponto Frio, do Rio de Janeiro, é outra que já estuda a possibilidade de ampliar sua participação nessa nova modalidade de fazer negócio, "um processo bem interessante, rápido e de total transparência", comenta Eliane Lustosa, diretora executiva financeira do Ponto Frio, que já participou duas vezes da experiência.
Na mais recente, em novembro do ano passado, a rede varejista economizou 15% em relação ao processo tradicional de compra. "Fechamos um contrato de R$ 600 mil na aquisição de materiais de suprimento, como sacolas, toner e bobinas", conta Eliane, que pretende avançar com a experiência, em 2005: "Vamos intensificar nossa participação em leilões reversos. Isso já faz parte da revisão geral que promovemos no processo de compras de produtos de não-revenda".

Gás canalizado
A CEG, que abastecem com gás canalizado 673 mil clientes no Rio de Janeiro, realiza leilões reversos eletronicamente há dois anos. A parceria com o Mercado Eletrônico começou em março de 2004 e, nos últimos nove meses, já foram realizados cinco desses leilões para a compra de itens como tubos de cobre e polietileno, válvulas de aço, medidores de gás e reguladores de pressão, entre outros, que deram a CEG uma economia, em média, de até 15% no preço final do volume total de compras.
No ano passado cerca de 30% do volume de compras de materiais anuais da CEG foram transacionados via leilão reverso. "Ganhamos também em tempo e na transparência do processo. Além disso, o custo de cada leilão se dissolve no percentual economizado pela companhia durante a transação", afirma Ewerton Costa Guimarães, especialista em planejamento de compras da CEG.
Para realizar o leilão reverso da companhia de gás, Guimarães explica que são necessários pelo menos dois meses de preparação.


04/02/2005

Fonte: Gazeta Mercantil

 

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