Licitação da FAB agita concorrentes


Depois de alguns meses inativo, o lobby das empresas que querem fornecer o novo caça supersônico da FAB (Força Aérea Brasileira) começou a se agitar novamente. Com a perspectiva de algum tipo de decisão por parte do Planalto, onde a solução do caso repousa desde março, os interessados começaram a se movimentar.
A Folha consultou três concorrentes e todos se amparam em sinais colhidos por seus lobistas de que o fim do período eleitoral levaria o governo a se preocupar com questões pendentes -a compra inclusive. Além disso, há o fato de a frota dos atuais caças Mirage estar para caducar até o fim de 2005. O governo, porém, afirma que nada está definido.
Da Rússia vieram as primeiras notícias. O influente jornal econômico "Kommersant" publicou ontem que o governo russo quer fazer uma troca entre caças da Sukhoi e aviões comerciais da Embraer -basicamente a mesma intenção que a Folha havia antecipado já no final de 2003.
A diferença, agora, é que o presidente russo, Vladimir Putin, visitará o Brasil em novembro e gostaria de celebrar algum tipo de acordo em sua estada. Na essência, o que os russos querem é comprar até 50 aviões da nova geração de jatos da Embraer, a 170/ 190, para a estatal Aeroflot.
Em troca dessa abertura, o Brasil escolheria o Sukhoi Su-35 para a FAB. O negócio não é tão simples quanto parece, até porque em tese a compra russa seria de maior valor do que a aquisição brasileira -estimada em pelo menos US$ 700 milhões, ainda que preveja uma relação comercial de até 30 anos. E existe o fato de a Sukhoi ser ela própria fabricante de potenciais rivais civis da Embraer, embora em princípio isso não inviabilize o negócio.
Aqui no Brasil, a Embraer tratou de dizer ontem por sua assessoria que a informação "não procede". E seu presidente, Maurício Botelho, disse em entrevista publicada ontem na "Gazeta Mercantil" que espera uma solução breve e favorável à Embraer.
A empresa oferece ao governo uma versão do caça francês Mirage-2000 em parceria com a construtora do avião, a Dassault -que é uma de suas acionistas.
Já o Su-35 é oferecido em parceria com a igualmente brasileira Avibrás. Na semana passada, o vice-presidente José Alencar foi levado, em visita a Moscou, a um escritório da empresa. Integrantes de sua delegação elogiaram o avião, o predileto dos pilotos pelo ângulo estritamente militar.
Concorre também com alguma chance o caça anglo-sueco Gripen. Por fora, sem chances até segunda ordem, estão o F-16 (Estados Unidos) e o MiG-29 (Rússia).


19/10/2004

Fonte: Folha de São Paulo

 

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