Licitação de US$ 2 bilhões para construir plataformas


Rio - Se bem-sucedido nos planos para o setor naval, o MPE deverá praticamente duplicar seu faturamento, que no ano passado chegou a R$ 700 milhões. Com uma carteira de projetos só para este ano de R$ 1 bilhão, o grupo presta serviços nos segmentos de gás, refino e petroquímica.
Fischel revelou, com relação ao Sermetal, que já acertou todos os termos do negócio com a Indústrias Verolme Ishibrás - IVI, proprietária do estaleiro. A assinatura do contrato ocorrerá, no entanto, só após a conclusão da concorrência da Transpetro, quando estará definida a fatia dos 42 petroleiros licitados que caberá ao Rio Naval. Além da área hoje ocupada pela Sermetal, o acerto inclui o terreno anexo, arrendada pela Multiportos. Pelos termos do acordo, o consórcio tem prazo de 90 dias - dos quais já se passaram 15 - para fechamento do negócio.
Pelos cálculos de Fischel, a adequação do estaleiro deverá demandar algo em torno de US$ 20 milhões. Embora o Sermetal seja a única unidade do País com um dique seco capacitado para construir os petroleiros, com 350 metros de extensão e 165 metros de boca, ainda depende da aquisição de novos equipamentos, como guindastes, máquinas de corte e solda.
A licitação da subsidiária de logística da Petrobras, que deverá renovar a frota de petroleiros da empresa, foi iniciada no fim do ano passado, com a publicação de um pré-edital de qualificação. Hoje expira o prazo para a análise dos recursos administrativos impetrados junto ao comitê de licitação no fim de julho. A partir daí, caberá à Transpetro publicar o edital definitivo, que terá detalhes como especificações técnicas e quantidade de navios de cada tipo - Suezmax, Aframax, Panamax, gaseiros e produtos. A estimativa da estatal é colocar o primeiro navio para flutuar já no segundo semestre do próximo ano.
Valores subavaliados
O mercado calcula que a concorrência envolva investimentos de até US$ 1,9 bilhão, mas o MPE acredita que esses valores estejam subavaliados, em função de fatores como encarecimento dos preços internacionais do aço e sobrevalorização do real frente ao dólar. Fischel revela, no entanto, que o consórcio só tratará desse assunto com a diretoria da Transpetro após a conclusão da concorrência.
Os planos do grupo e do consórcio Rio Naval não dependem exclusivamente da licitação da subsidiária de logística da Petrobras. Além das plataformas P-55 e P-57, o grupo também pretende participar da concorrência que deverá ser promovida nos próximos meses pela Petroleos de Venezuela S.A (PDVSA), com vistas à renovação da frota de petroleiros daquele país.
"Essa licitação representará para nós um primeiro passo para sermos competitivos também no mercado externo. Não queremos um estaleiro apenas para construir navios para o mercado interno", avalia o executivo do MPE, que acredita, no entanto, que a Petrobras sempre terá, para as empresas brasileiras, a condição de fonte maior de oportunidades no setor offshore.
Negociação com a Hyundai
Com relação às duas plataformas, Fischel afirma que já iniciou entendimentos com a Hyundai para trazê-la em definitivo para dentro do consórcio. Ele afirma, no entanto, que outros parceiros estrangeiros podem ser procurados caso não se chegue a um acordo.
"Isso, no entanto, não deve ocorrer, pois é de interesse da Hyundai participar de duas obras desse porte. Os estaleiros do mundo todo estão congestionados de encomendas. Por isso esse interesse", justifica o executivo, que não quis revelar, no entanto, com qual fatia a Hyundai deverá permanecer no consórcio.
As duas plataformas terão, juntas, capacidade de produzir 360 mil barris/dia de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural. O projeto da P-57 prevê a conversão de um petroleiro em uma plataforma do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading), que vai operar no campo de Jubarte, na Bacia de Campos.
A P-55 constitui, por sua vez, um projeto que também tem importância simbólica para a Petrobras. Como está destinada ao campo de Roncador, na Bacia de Campos, substituirá a plataforma P-36, que afundou em 2001, em um dos mais graves acidentes da história da indústria petrolífera do Brasil.


08/08/2005

Fonte: Gazeta Mercantil

 

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