Quem quiser vender tecnologia para o governo em 2006 vai ter que correr. No ano que promete ter o maior investimento em TI de toda administração Lula – cerca de R$ 6 bilhões, 16% mais do que 2005 –, todas as licitações vão se concentrar em abril, maio e junho. A situação é resultado de uma combinação entre a proibição dos gastos públicos três meses antes das eleições, marcadas para 1o de outubro, e o extraordinário atraso na votação do orçamento pelo Congresso Nacional.
Está previsto que os deputados façam a votação nesta terça-feira, 11, mas nada garante que isso aconteça. “É uma caixinha de surpresas. A situação atual dificulta bastante, vai ser corrido, mas não há barreiras instransponíveis”, resume o gerente nacional de Negócios da Siemens, Ivan Britto da Silva. O executivo lembra de momentos mais complicados, como quando FHC cancelou todos os editais seis meses antes das eleições de 1998. “São situações que fazem com que a média de fechamento de negócio com o governo seja de um ano, contra algumas semanas na iniciativa privada”, completa.
“Na verdade, o grande problema gerado pelo curto espaço de tempo são os projetos que serão aprovados às pressas”, acredita Britto, citando o exemplo do programa de inclusão digital Gsac, que consumiu gastos de R$ 6 milhões e teve seus resultados amplamente contestados. “Outro departamento é o apego a órgãos como o Serpro e a grande quantidade de ambientes legados”, completa o gerente. Uma novidade no panorama de compras públicas é a substituição do desenvolvimento interno o outsourcing total. Estados como Sergipe já apostaram no modelo de compra de TI como serviço. “Eles terceirizaram a estrutura de rede, voz e vídeo com a gente”, informa o profissional.
Para onde vai o dinheiro
“Sistemas que garantam comunicação das informações públicas com transparência e segurança serão o foco do governo”, garante o coordenador regional da Siemens, Vladimir Barcellos Bidniuk (na foto da capa). O gaúcho cita como exemplo da sua afirmação o número crescente de portais de prestação de contas e iniciativas de certificação digital como provas da tese. “Essas novidades exigem uma observação rigorosa da proteção dos dados”, completa Bidniuk.
11/04/2006
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