RIO - A Petrobrás lançou ontem as licitações para a construção da plataforma de produção de petróleo P-54, com custo estimado em torno dos US$ 500 milhões. O projeto seguirá o modelo das plataformas P-51 e P-52, com a licitação dividida em três módulos. Além disso, será maior o porcentual de obrigatoriedade de compras mínimas no País.
A P-54 vai operar no campo de Roncador, na Bacia de Campos, com reservas de cerca de 2 bilhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás). A unidade, que será construída sobre o navio petroleiro Barão de Mauá, terá capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de m3 de gás natural por dia. A previsão é que a plataforma entre em operação em meados de 2006.
Os três módulos do processo licitatório são: compressão de gás, geração de energia e o terceiro incluindo casco, topsides e integração dos módulos.
Mas a terceira fase prevê que o conteúdo mínimo passe de 60% para 65%. Além disso, a troca da chapa de aço terá de ser feita no Brasil.
Na P-51 e P-52, o casco poderia ser cotado pelos concorrentes no mercado internacional. Essa é a principal diferença do processo licitatório da P-54, mas o detalhe é que apenas um estaleiro, o Sermetal, responsável pela construção do navio, está apto a fazer a obra.
"Vamos negociar um preço dentro de nosso orçamento com o estaleiro, se ele estiver compatível com o mercado internacional, e repassar o contrato desta docagem para o vencedor da licitação. Caso o estaleiro cobre preços acima do cotado em outros estaleiros estrangeiros, os concorrentes poderão fazer esta parte da obra onde quiserem", disse o diretor de Serviços da Petrobrás, Renato Duque.
Segundo ele, a realização dessa docagem fora do Brasil não compromete a exigência de 65% de conteúdo nacional.
Nos outros dois módulos, de compressão de gás e geração de energia, o conteúdo mínimo de 75% foi mantido.
Duque informou que os resultados da licitação das plataformas P-51 e P-52 devem sair este mês e a previsão é de que os contratos sejam assinados em agosto.
Até o momento, só os envelopes de preços do módulo de geração de energia foram abertos e a italiana Nuovo Pignone levou vantagem sobre a americana Dresser.
Segundo Duque, ainda não dá para declarar a empresa italiana como a vencedora da licitação, porque a Petrobrás vai analisar se o preço está compatível com seu orçamento. "Eles apresentaram um menor preço, mas isso não significa que o valor está dentro do que prevíamos e temos um tempo para negociar ou se julgarmos que não há consenso, a licitação fica prejudicada."
Segundo Duque, a lei estadual sancionada pela governadora Rosinha Matheus na semana passada, que tributa o petróleo em 18% na sua fase de exploração, pode fazer com que a estatal reveja projetos, mas não impediu a licitação.
"Precisamos ir tocando nossos investimentos, enquanto há o impasse com relação a lei. Se ela for posta em prática, aí teremos de reanalisar nossos investimentos e prioridades."
Segundo ele, a reavaliação dos investimentos incluiria a priorização de investimentos na exploração em outros estados, como o Espírito Santo, onde tem sido comprovadas novas descobertas.
04/07/2003
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