A Petrobras decidiu negociar diretamente com o estaleiro Keppel Fels e a Technip, sem licitação, o contrato para a construção da plataforma P-56, que será instalada ao campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. Segundo o gerente de Engenharia da empresa, Jorge Zelado, a decisão não fere a lei de licitações e pode ser justificada com o princípio da economicidade.
- A P-56 será direcionada a uma terceira etapa de produção do campo de Marlim Sul, o mesmo para qual irá a P-51. Nos estudos técnicos, verificou-se que exatamente o mesmo projeto da P-51 pode ser aplicado à P-56, como uma cópia fiel. Então, teremos um apelo de economicidade se repetirmos o projeto com o mesmo consórcio construtor porque todo a parte de engenharia e de equipamentos, que é o ponto de partida para as compras, já está preparada - diz.
A licitação da P-51 foi fechada em 2004, após uma longa negociação, e teve um custo anunciado, na época, de R$ 2,3 bilhões. O projeto foi dividido em três etapas: construção de módulos de energia elétrica, que está sendo feita pela Rolls Royce, elaboração de módulos de compressão de gás, feitos pela Nuovo Pignone, e construção e integração de casco e da planta de processo e utilidades.
O casco está sendo feito na fábrica da Nuclep, em Itaguaí, e os demais serviços estão sendo realizados no estaleiro Brasfels, em Angra.
Segundo Zelado, ainda não é possível afirmar de quanto será a economia da estatal com a repetição do projeto. Mas ele espera que o preço fique dentro do acertado para a construção da P-51.
- Ainda estamos, internamente, fazendo uma avaliação. Começamos a fazer a atualização dos preços, mas a Petrobras acredita que pode ter bom resultado comercial aliado a um ganho de prazo inegável porque estaremos repetindo algo que já está feito - diz, lembrando que, embora o custo de extração tenha ficado mais caro nos últimos anos em função do aumento da demanda mundial e dos preços do petróleo, a empresa poderá economizar em engenharia.
Caso as negociações sejam acertadas, a estimativa da Petrobras é de que o contrato da P-56 seja assinado no segundo semestre deste ano. Uma nova licitação, de acordo com Zelado, levaria no mínimo oito meses para ser estruturada.
A empresa chegou a cogitar a possibilidade de usar novos modelos para a construção da P-56, como a Mono BR (uma plataforma de casco redondo menos suscetível às ondulações do mar), mas a repetição do projeto da P-51 mostrou-se mais vantajosa.
- Certamente, se fosse para fazer uma nova licitação, os preços seriam muito maiores - diz.
A antecipação do projeto da P-56 foi definida em função do cancelamento das licitações das plataformas P-55 e P-57, no início do ano, já que as propostas apresentadas foram consideradas muito caras. Cada uma dessas unidades, que entrariam em produção entre o fim de 2010 e início de 2011, teriam capacidade para produzir 180 mil barris por dia de óleo. A P-56 terá capacidade de produção de 100 mil barris diários.
- A P-56 compensa esse atraso, com a ligeira postergação da P-55 e da P-57 - explica Zelado.
Representantes do Sindicato Nacional da Indústria Naval e Offshore não foram encontrados para comentar o assunto.
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