Brasília - Empreendimento, que será construído na fronteira entre os dois países, ficará pronto em 2009. Os governos do Brasil e da Bolívia iniciaram entendimentos para a instalação de um pólo gás-químico binacional na fronteira entre os dois países. A meta é que o empreendimento comece a operar até 2009. O chanceler boliviano Juan Ignácio Siles e o ministro de Minas e Hidrocarbonetos daquele país, Antonio Araníbar Quiroga, se encontraram ontem com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para tratar da criação de uma comissão executiva binacional. O órgão deverá viabilizar o empreendimento em aspectos técnicos e jurídicos, como regras para processos de licitação e elaboração de relatórios de impacto ambiental. De acordo com Dilma Rousseff, o projeto deverá consumir investimentos da ordem de US$ 1,3 bilhão, numa estimativa inicial do ministério.
De acordo com Quiroga, o interesse da Bolívia pelo empreendimento é agregar valor ao gás natural ainda em solo boliviano. "O pólo teria a importância de dar um salto na utilização dos nossos recursos, gerando receita e empregos dentro do nosso território", afirmou o ministro boliviano. A construção de um pólo químico na fronteira entre os dois países já era prevista desde a assinatura da Declaração de Tarija, em 2001. Foi esse acordo que possibilitou o aumento do volume de importações brasileiras de gás boliviano, de oito para 10 milhões de metros cúbicos por dia, e antecipou de 2007 para 2003 o estabelecimento da cota máxima de compra para o Brasil, para 30 milhões de metros cúbicos diários, garantindo o fornecimento de gás natural para usinas termelétricas brasileiras, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso.
O embaixador brasileiro na Bolívia, Antonino Mena Gonçalves, explicou que, embora seja uma iniciativa conjunta, o modelo implementado no pólo não prevê a criação de uma empresa binacional, como no modelo da usina hidrelétrica de Itaipu (pertencente ao Brasil e Paraguai). "O pólo será um empreendimento dos dois governos que será levado adiante pelas empresas interessadas, sejam brasileiras, bolivianas ou de outros países", afirmou. Segundo ele, a região mais provável para a instalação do empreendimento é a fronteira entre a cidade boliviana de Porto Soares e o município de Corumbá (MT), por onde passa o gasoduto Brasil-Bolívia.
Na visão da ministra Dilma Rousseff, o projeto aprofundará o relacionamento comercial entre os dois países. "É um passo importante na integração das matrizes energéticas. Saímos de um projeto de gasoduto para a implantação de toda uma cadeia industrial do gás", disse. Segundo Dilma, estão previstas plantas industriais de etano, eteno e polietileno de alta e baixa densidade. Do lado brasileiro, a Braskem, maior indústria petroquímica da América Latina, já manifestou interesse em implantar uma unidade de produção de polietileno no pólo binacional.
Insumos mais baratos
De acordo com o vice-presidente de Relações Institucionais da Braskem, Alexandrino de Alencar, a maior vantagem seria o barateamento dos insumos para a matéria-prima plástica. "Nosso interesse é pela busca de alternativas para a produção de resinas termoplásticas, e o gás natural apresenta custos mais competitivos do que a nafta utilizada hoje", disse ele. Segundo Alencar, a petroquímica está negociando com parceiros para a instalação da fábrica na fronteira, e prevê o investimento de US$ 1 bilhão na nova unidade fabril.
08/04/2004
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