Porto de Itaqui terá R$ 250 milhões para obras


São Luís - O início dos trabalhos depende da conclusão da licitação iniciada neste mês. As obras de infra-estrutura programadas há dois anos para o porto do Itaqui, em São Luís, podem sair do papel ainda no primeiro semestre. O porto receberá investimentos no valor de R$ 250 milhões para ampliação, recuperação e dragagem de berços. Os recursos são do governo federal com contrapartida de 10% do poder público estadual. Parte do dinheiro já está disponível, segundo o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ricardo Zenni.
A previsão é que as obras sejam iniciadas a partir de março ou abril. O início dos trabalhos só depende da conclusão do processo de licitação iniciado este mês, com a publicação de três editais para a contratação das empresas. As propostas serão abertas em 35 dias.
O conjunto de obras em infra-estrutura do porto visa ampliar a capacidade de movimentação e preparar o Itaqui para atender a demanda de futuros investimentos industriais e agroindústriais. "As obras vão proporcionar um incremento ao porto, permitindo dobrar a capacidade de movimentação", observa Zenni, ressaltando que 2006 será o ano da cana-de-açúcar no Estado, com a possibilidade de implantação de novas usinas de produção de álcool para exportações.
As melhorias a serem feitas no Porto de Itaqui são ampliação do berço 103; recuperação dos berços 101 e 102 e dragagem do 101, 102 e o 100, visando aumentar a profundidade (calado) para 15 metros. Os trabalhos no píer 100 incluem uma retroárea de 74 mil m² para movimentação de cargas gerais, no primeiro momento, além de permitir armazéns para movimentação de friso e congelados como carnes bovinas e frangos destinados ao exterior. "Vai depender do andamento das obras da ferrovia Norte-Sul, que vão permitir escoamento de produtos do mato Grosso", diz Ricardo Zenni.
No momento, a Emap está concluindo a dragagem de manutenção - investimentos de R$ 3 milhões - o que permitiu à Petrobras aumentar a movimentação de derivado de petróleo em São Luís, segundo o presidente da Emap.
Ele informa ainda que existe ainda um pacote de obras menores e melhorias a serem realizadas no Porto de Itaqui este ano como a automação para modernização do porto, a aquisição de um guindaste com capacidade para movimentar 100 toneladas e outras melhorias. Dentro de dois meses será concluído o pátio de estacionamento de caminhões, o que permitirá eliminar os congestionamentos ao longo da rodovia que dá acesso ao porto durante a safra de grãos.
Além dos investimentos públicos, no momento, está em processo de instalação um terminal de granel líquido na área do Itaqui por parte de uma empresa privada - a norte-americana Nobre Américas.
A Ceagro Business, sediada em Balsas, Sul do Estado, já solicitou à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o arrendamento de um lote para construção de armazém, com base no novo modelo do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), em implantação pela Emap no porto. A Emap loteou a área destinada ao Tegran para arrendar à iniciativa privada e promete providenciar a infra-estrutura de embarque como correias transportadoras e outros equipamentos. Ricardo Zenni informa que outras empresas já manifestaram interesse em arrendar lotes no terminal.

Balanço
O Porto de Itaqui fechou o ano de 2005 com uma movimentação de 12,4 milhões de toneladas de cargas - 200 mil toneladas a menos do que o movimentado em 2004, quando foram alcançadas 12,6 milhões de toneladas. Em compensação, o faturamento alcançou incremento de 30% em relação a 2004.
A pequena queda no volume de cargas teve como fator a retirada da movimentação de minério de ferro do berço 105, arrendado à Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O mineral passou a ser movimentado somente nos berços da CVRD no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, ao lado do Itaqui.
No entanto, o volume de cargas em todos os outros berços do Itaqui administrados pela Emap cresceu - além de terem surgido novos produtos - o que contribuiu para o crescimento do faturamento, sem aumento de tarifas portuárias. A movimentação de cargas tem como carro-chefe o derivado de petróleo. Vale destacar ainda que o embarque de soja, feito pelo píer 105, saltou de 800 mil toneladas em 2004 para 1,7 milhão de toneladas em 2005.
Para 2006, segundo Zenni, está prevista grande movimentação de carga geral por ocasião da ampliação de empresas no Estado; a retomada das exportações de ferro gusa, que ano passado giraram em torno de 280 mil toneladas. Até março deste ano já está previsto o embarque de 70 mil toneladas do produto, conforme adianta o executivo.


12/01/2006

Fonte: Gazeta Mercantil

 

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