Portos abrem licitações para novos terminais


Os portos de Rio Grande (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Itaguaí (RJ) preparam, para ainda este ano, licitações para a construção e arrendamento de novos terminais. Em Santos (SP), onde já não há espaço para novos empreendimentos, os aportes se voltam para uma extensão do porto e ampliação da capacidade dos terminais já existentes.
A Companhia Docas do Rio de Janeiro vai abrir licitação para arrendamento de dois terminais este ano, um no Porto de Itaguaí (antigo Porto de Sepetiba) e outro no Porto do Rio. O primeiro, voltado para exportação de minério de ferro, tem entre os principais interessados um consórcio de pequenas mineradoras e siderúrgicas independentes. O segundo, que será destinado à movimentação de carga geral, tem oito interessados, entre grupos nacionais e estrangeiros. Somados, os dois terminais vão movimentar US$ 1,4 bilhão ao ano, segundo a Docas.
Com mais de 200 mil metros quadrados, o novo terminal de Itaguaí terá capacidade para movimentar 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. No mesmo porto, o terminal operado e arrendado pela Companhia Vale do Rio Doce exportou 18,5 milhões de toneladas de minério em 2005. O interesse das pequenas mineradoras no negócio deve-se às dificuldades que elas encontram em exportar seus produtos pelo terminal operado pela Vale, num momento em que o mercado internacional de minério está aquecido. O consórcio ainda está em formação. Até o momento ele reúne o grupo Ecomineral, formado por sete pequenas mineradoras sediadas em Minas, e a Rede Nacional de Cooperação Industrial (Renaci), formada por cinco metalúrgicas de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
De acordo com Homero Boucinha, diretor da empresa gaúcha de logística Netropolis — que é acionista da Ecomineral e da Renaci —, o consórcio está em contato com siderúrgicas internacionais para captar os US$ 200 milhões que se acredita serem necessários para a construção do novo terminal.
“As siderúrgicas estrangeiras têm interesse no negócio, pois estaremos criando mais um canal de exportação de minério”, diz Boucinha. As sete mineradoras independentes têm produção anual de cerca de 15 milhões de toneladas.
O novo terminal terá prazo de dois anos para ser concluído, a partir da data da licitação, que ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A produção de minério também poderá ser escoada por um terceiro terminal, arrendado e operado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que está sendo adaptado para este fim. Hoje, a CSN importa carvão. A partir do próximo ano, começará a exportar minério, com estimativa de embarques de 4 milhões de toneladas no primeiro ano e 30 milhões de toneladas a partir de 2010. Teoricamente, nem a CSN nem a Vale poderão disputar a concorrência para o novo terminal, pois as normas da Antaq impedem que uma mesma companhia arrende mais de um terminal para movimentar o mesmo produto. Hoje, só 35% dos 8 milhões de metros cúbicos de área do Porto de Itaguaí estão ocupados com três terminais: o da Vale, que está sendo ampliado para exportação de soja; o da CSN, e o da Valesul — subsidiária integral da Vale —, que exporta alumina e está sendo preparado para exportação de cimento.
O Porto do Rio tem taxa de ocupação de 70%. O novo terminal terá capacidade para movimentar 200 mil toneladas de produtos ao ano. Atualmente, o porto abriga um terminal para carros, um para contêineres e oito armazéns de trigo e produtos siderúrgicos.

Expectativa maior
O Porto do Rio Grande está diversificando serviços para reduzir sua capacidade ociosa, hoje em 45%. O porto foi projetado para exportar 12 milhões de toneladas de grãos, mas a safra gaúcha está aquém do estimado. Em grãos de soja, o estado produziu, nesta safra, cerca de 8,5 milhões de toneladas e exporta bem menos que isso. “Houve um superdimensionamento dos corredores de exportação de soja e esses terminais são especializados: não podem transportar qualquer tipo de carga”, explica o diretor superintendente do Porto de Rio Grande, Vidal Mendonça. Os terminais agora exportam, além da soja, trigo e arroz. O porto tem como alternativa a exportação da soja paraguaia, de bois vivos, de cavacos para o Japão e dos carros da General Motors. Além disso, para as empresas de papel e celulose que vão ampliar e instalar produção no Rio Grande do Sul, será construído um terminal. A licitação deve ser lançada até o fim do ano. A perspectiva é de que sejam exportados cerca 5 milhões de toneladas do produto a partir de 2010.

Expansão
Enquanto a expansão do Porto de Santos, orçada em US$ 800 milhões, ainda está em fase de estudo de viabilidade, terminais fazem aportes em infra-estrutura a fim de otimizar o uso do espaço.
Entre os terminais privados em Santos, a Caramuru, que já movimentou por terminais nos Portos de Paranaguá (PR) e Tubarão (ES), é a operadora dos terminais 39 e 40. No terminal 39, a empresa é sócia da Brasil Ferrovias para utilização da Ferronorte no cais santista. No terminal 40, a Caramuru apenas utiliza o terminal para escoar sua produção, e os proprietários são a Citrosuco e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto. “Normalmente são contratos de prazos longos, de no mínimo 10 anos”, diz César Borges de Souza, vice-presidente. A Caramuru deverá movimentar este ano cerca de 1 milhão de toneladas de soja e farelo de laranja, pelo Porto de Santos, para exportação. A empresa vem investindo cerca de R$ 10 milhões em parceria com a Ferronorte para elevar a capacidade do terminal 39, no porto, de 135 mil para 180 mil toneladas.
A Santos Brasil quintuplicou seus serviços no porto após a privatização, há 8 anos. Antes a movimentação era de 11 contêineres por hora e hoje, com a conclusão de aporte de mais de R$ 716 milhões em infra-estrutura, chega a 50 contêineres por hora.


18/07/2006

Fonte: Infomet

 

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