A Transpetro teve conhecimento ontem das propostas de três estaleiros que participam da licitação para a construção de 26 petroleiros e se viu diante de preços que superam em até 100% os praticados no mercado internacional.
A subsidiária da Petrobras abriu os envelopes com as propostas de preço ontem, mas, em razão dos altos valores apresentados, decidiu adiar a escolha dos vencedores. A companhia negociará, primeiro, caso a caso com a companhia que ofereceu o menor preço para cada lote.
Para o lote de petroleiros do tipo Suezmax, os maiores colocados em licitação, o menor preço foi ofertado pelo consórcio formado pelos grupos Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Aker Promar e Samsung. O grupo ofereceu R$ 141,4 milhões para construir o primeiro navio (mais caro do que os seguintes), 76,8% mais do que o preço de referência no mercado internacional -R$ 80 milhões, sem os adicionais, incluídos na proposta. Ao todo, serão encomendados dez petroleiros desse modelo.
No lote de cinco petroleiros Aframax, a melhor proposta foi a do consórcio Rio Naval, orçada em R$ 122,5 milhões no primeiro navio, já incluindo os adicionais. O preço supera em 75% a referência internacional (R$ 70 milhões).
Para o terceiro lote, o menor preço foi apresentado também pelo Rio Naval, único a disputar o contrato de construção de quatro petroleiros do tipo Panamax. O consórcio ofertou preço de R$ 112,4 milhões -87,4% mais do que o parâmetro internacional, estimado em R$ 60 milhões.
Por fim, o estaleiro Itajaí, único a concorrer, deve ficar com a construção de três navios do tipo gaseiros, destinados ao transporte de GLP. Nesse lote, foi registrado o mais alto ágio -107,7%. O primeiro navio deve custar R$ 51,9 milhões, ante os R$ 25 do mercado externo.
Além desses, a proposta dos estaleiros Mauá-Jurong/Marica CSSC já havia sido aberta no mês passado. O consórcio pediu US$ 335,4 milhões para a construção de quatro navios de transporte de derivados de petróleo -ou US$ 83,8 milhões por unidade. A Transpetro não divulgou o ágio nesse caso.
Os consórcios Brasfels, Keppel Fels e Daewoo e Eisa Montagem e STX foram desclassificados. Só o Eisa apresentou sua oferta e ameaçou ira à Justiça, registrada sua proposta em cartório.
O resultado final da licitação será divulgado na última semana de abril. Dos 26 navios licitados nessa primeira fase, a Transpetro recebeu propostas para 22 embarcações ontem. Ao todo, a licitação está orçada em US$ 2 bilhões.
Embora evite afirmar que os preços estão num patamar elevado, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse acreditar que chegará a "um bom termo" na negociação direta com os consórcios. Afirmou ainda que a cada navio que fique pronto o seguinte custará menos. É o que ele chama de "curva de aprendizado".
O executivo identificou três "gargalos" do setor naval no país: preço do aço, falta de tecnologia e pequena produtividade.
PDVSA
Machado afirmou ainda que a encomenda da PDVSA de 36 navios irá acelerar o processo de "aprendizado" dos estaleiros.
Apesar de rumores no setor naval, o Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval) afirmou que a estatal venezuelana não cancelou os pedidos. O que houve, diz a entidade, foi apenas um adiamento da data de anúncio oficial do projeto, que seria feito ontem na Venezuela. O anúncio deve ocorrer na próxima semana, segundo o Sinaval.
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