Santos aprova zoneamento e dá largada para a duplicação


A cidade de Santos conseguiu aprovar na última segunda-feira seu plano de zoneamento, que inclui as áreas destinadas ao projeto Barnabé-Bagres. A aprovação do plano dá a largada para um investimento de US$ 680 milhões e prevê a duplicação da capacidade atual de movimentação do complexo portuário de 80 milhões de toneladas anuais.
“A partir de agora, iremos iniciar a solicitação das devidas licenças ambientais e, a partir daí, iniciar os processos de licitação. As obras devem começar efetivamente a partir de 2008”, explica Arnaldo Oliveira Barreto, diretor de infra-estrutura da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Nos próximos 30 dias, a Codesp também pretende leiloar o Terminal de Exportação de Veículos, cujo investimento de R$ 92 milhões foi realizado parcialmente pela Santos Brasil. A empresa está mantendo o direito de exploração do terminal até que o leilão seja efetivado. As deficiências do Porto de Santos — o maior da América Latina, e responsável por 27% do fluxo de comércio internacional do País — irão contribuir com um prejuízo de R$ 118 bilhões que o Brasil deve amargar este ano por conta de sua infra-estrutura logística deficitária. A informação é da Federação Nacional dos Transportadores de Cargas e refere-se principalmente ao tempo que a indústria e o comércio são obrigados a estocar mercadorias devido à instabilidade do sistema de transporte nacional. Enquanto este tempo de estoque é de 20 dias no Brasil, em países desenvolvidos a média é de 7 dias.
Reunidos ontem em Santos, empresários e representantes do poder público participaram do Fórum Brasil Comércio Exterior, promovido pela TVB, debatendo soluções viáveis para o gargalo logístico do Brasil.
“Os problemas devem ser resolvidos não apenas por uma cidade, mas envolver os governos nas três esferas e a iniciativa privada. É preciso uma parceria verdadeira e permanente para se levar adiante uma agenda estratégica de crescimento”, afirmou João Paulo Tavares Papa (PMDB), prefeito de Santos. Ele conta que a cidade participa do que chama de “pacto federativo”: uma união de esforços entre as cidades de Santos, Guarujá e Cubatão, todas elas diretamente ligadas ao porto. “Estamos identificando oportunidades e problemas relacionados ao complexo portuário a fim de criar uma carteira de projetos prioritários. Temos o acompanhamento do Banco Mundial neste processo”, explica Papa.
Um dos projetos tidos pelo prefeito como prioridade é o Embraport, que prevê um investimento de US$ 500 mil. O futuro terminal permitirá a movimentação de 300 mil veículos e 400 mil TEUs (medida internacional do contêiner de 20 pés).
“O Brasil precisa exportar como fazem todos os países e estamos crescendo, principalmente na área agrícola. Mas em questões logísticas ainda estamos muito atrasados”, pontuou Orestes Quércia, ex-governador de São Paulo, presente no Fórum Brasil Comércio Exterior. “Boa parte dos problemas econômicos do Brasil teve origem em questões relacionadas ao comércio exterior”, completou Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda.
Investimentos em Santos
Além do projeto Barnabé-Bagres, há outros investimentos previstos no complexo portuário santista. De acordo com Fabrizio Pierdomênico, diretor comercial e de desenvolvimento da Codesp, a obra de dois novos berços de atracação está orçada em cerca de R$ 15 milhões e deve ter a licitação iniciada em 2007. Outro investimento que está para sair do papel em Santos é o da obra da Avenida Perimetral da Margem Direita, que pretende desafogar o trânsito de caminhões na área portuária. “É um investimento público de R$ 55 milhões”, afirma Pierdomênico.
Já em relação ao Terminal de Exportação de Veículos, a Codesp estabeleceu os valores mínimos de R$ 1,30 por metro quadrado e R$ 9,00 por veículo movimentado, para as propostas das empresas interessadas em participar da licitação para o arrendamento do terminal, localizado na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos.
A vencedora da concorrência terá de pagar um total de R$ 92,3 milhões à Autoridade Portuária e à operadora Santos Brasil, atual administradora da instalação, pelas benfeitorias na área.
As cifras mínimas pelo uso da estrutura do TEV foram elaboradas com base em estudos da empresa DTA Consultoria.
A partir do sétimo ano do arrendamento, a unidade deve movimentar 250 mil veículos por ano, segundo dados da DTA. Antes, o volume deve oscilar entre 150 mil e 219 mil automóveis.


25/10/2006

Fonte: DCI Comércio e Industria

 

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