Software será utilizado para combater fraudes


Se a compra de tecnologia é uma fonte de suspeitas de corrupção para o governo, a própria tecnologia também pode dar uma mão para combater as fraudes em licitações. É essa a expectativa do Ministério do Planejamento, que testa o Tamanduá, um software que varre diferentes bancos de dados e cruza as informações para achar correlações que apontem tendências ou comportamentos fora da curva.
O programa vai vasculhar a base de compras governamentais em busca não apenas de irregularidades, mas também de melhores práticas que, uma vez detectadas em um determinado órgão, podem ser sugeridas a toda a administração direta. Segundo Rogério Satanna, secretário de tecnologia e logística do Ministério do Planejamento, até a troca de mensagens que ocorre durante os pregões eletrônicos será vasculhada.
Em teste há quase um ano, o sistema foi aperfeiçoado e será implantado em um "cluster" - um conjunto de computadores que trabalham juntos, como se fossem uma única máquina - que custou R$ 460 mil . A expectativa é que o Tamanduá esteja operando a plena capacidade no início de 2006.
Desenvolvidos por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), liderada pelos professores Wagner Meira Júnior, Renato Antônio Ferreira e Dorgival Olavo Guedes Neto, e pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o Tamanduá é um software nacional de código aberto, que não exige pagamento de licença de uso.
Durante a fase de teste no Ministério do Planejamento, o sistema foi usado para analisar as compras de cartuchos de tinta para impressoras HP em toda a administração direta, que demandou R$ 21 milhões em 2004. O programa mostrou que a forma mais eficiente de comprar é por pregão eletrônico, enquanto a que obtém os piores preços envolvem dispensa de licitação. Em alguns órgãos, a média de aquisição de cartuchos com dispensa de licitação chegou a 80%.
Além disso, o governo abriu concorrência para a aquisição de um software de limpeza de cadastros, que será empregado em áreas como a Previdência Social também a partir de 2006. O sistema terá tecnologia de análise probabilística, que não se deixa enganar por erros de digitação, por exemplo, e checa diversos dados para concluir se há problemas em um cadastro. "Pessoas que já morreram ainda não tiveram suas aposentadorias suspensas", diz Santanna. "Vamos minimizar esses problemas, que geram custos para o Estado."


15/12/2005

Fonte: Valor On Line

 

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