A Transpetro adiou pela tercei-
ra vez a data para entrega dos
envelopes com as propostas para a construção dos primeiros 26 navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota. O novo prazo agora é 16 de janeiro e o motivo do adiamento, conforme nota da empresa subsidiária da Petrobras, foram as solicitações de extensão do prazo por parte de todos os estaleiros e consórcios que participam do processo e do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval). O processo já se arrasta há um ano e, juntamente com a queda do dólar, motivou a retirada do grupo Aker Yards, o que inviabilizou a participação de um dos consórcios pré-qualificados à licitação e que iria construir estaleiro em Rio Grande.
A direção da Transpetro esclarece que as etapas do processo são desenvolvidas com total transparência, com a participação de todos os segmentos envolvidos: sindicatos de trabalhadores marítimos, metalúrgicos e petroleiros; empresários, governo e centros de pesquisa e tecnologia.
O Programa de Modernização e Expansão da Frota não é um projeto apenas da Transpetro ou da Petrobras. É estratégico para o Brasil, pois representa o renascimento da indústria naval de grande porte, que tem forte potencial de geração de empregos e de desenvolvimento econômico, frisa a direção da empresa. Conforme a Transpetro, o modelo de encomendas estabelece um novo paradigma para a indústria naval brasileira, pois possibilita aos estaleiros investir na produção em escala, garante a competitividade em nível internacional e abre caminho para o desenvolvimento de uma indústria sustentável, que irá produzir navios para o Brasil e o exterior.
A Transpetro destaca ainda que "dessa forma, a indústria de grandes navios brasileiros poderá recuperar posição de destaque no cenário mundial, disputando uma fatia de um mercado internacional que constrói mais de mil navios por ano, movimentando cerca de 70 bilhões de dólares".
Promar assume que saída do Aker Yards inviabiliza consórcio
O presidente do Sindicato da Construção Naval do Rio de Janeiro (Sinaval) e diretor do Estaleiro Promar, Ariovaldo Rocha, e representantes do consórcio Aker-Promar, Grupo Queiróz Galvão, participaram de café da manhã ontem, na Câmara de Comércio de Rio Grande. Conforme Rocha, a construção de navios em Rio Grande, com saída do Aker Yards, praticamente fica inviabilizada, diferente da construção de plataformas.
Disse que a instalação do estaleiro para a efetivação da plataforma P-53 da Petrobras, em licitação, encontra-se 50% pronta e o consórcio busca também que a construção da plataforma Mexilhão seja em Rio Grande. "É bom que se explique que estaleiro constrói navios e plataformas", disse. Rocha salientou que se confirmados todos os projetos do grupo serão gerados aproximadamente cinco mil empregos diretos.
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