Apesar de não ter nenhuma megacampanha publicitária programada para 2007, a Petrobras vai elevar dos atuais R$ 212 milhões para R$ 250 milhões a verba destinada a esta finalidade. Segundo informou nesta quinta-feira com exclusividade à Agência Estado o gerente de publicidade da Petrobras, Luiz Antonio Vargas, o edital para a licitação das três agências que cuidarão desta conta deve ser lançado até o final da próxima semana.
Em 2006, pelo menos R$ 45 milhões foram destinados à campanha para promover a auto-suficiência da Petrobras, alcançada em abril. O valor foi o segundo maior gasto em uma única campanha pela estatal, perdendo apenas para as comemorações de 50 anos da empresa em 2005, que atingiram R$ 60 milhões.
"Para o próximo ano temos um grande evento que é a realização dos Jogos Pan Americanos, no Rio. A Petrobras é a principal patrocinadora, mas nem de longe a verba prevista por enquanto para este evento se aproxima das megacampanhas anteriores", admitiu Vargas.
Ele destacou, no entanto, que deverá haver um aumento significativo no volume das peças publicitárias da estatal no exterior. Sem citar detalhes sobre onde serão feitas estas campanhas ou mesmo qual o porcentual do aumento sobre o já aplicado em 2006 no exterior, o gerente limitou-se a comentar que este "aporte" se dará pela "própria evolução dos negócios da empresa fora do Brasil".
"Em 2006, a Petrobras adquiriu postos da Shell em três países. Isso implica uma campanha significativa. Por estratégia, não podemos revelar quais serão outros avanços importantes, mas certamente o crescimento da companhia lá fora exige um maior esforço em marketing e divulgação", comentou.
O lançamento do edital ainda em 2006 deverá possibilitar, segundo o executivo, que a licitação seja concluída antes do térmico dos atuais contratos com as agências F/Nazca, Que Comunicação e Duda Propaganda, previstos para terminarem em 31 de março. Segundo ele, será mantido o mesmo tipo de licitação, com a contratação novamente de três agências, que atuarão em três áreas distintas: patrocínio esportivo, mercadológico e ações no exterior, e, por fim, política de investimentos sociais e em cultura.
Apesar de ter sido questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Petrobras deverá manter a utilização do decreto 4.563, que prevê remuneração de mercado às agências contratadas. "Houve essa observação do TCU sobre o assunto, que a Petrobras não achou pertinente e que já respondeu ao próprio TCU. Uma agência de publicidade que assina um contrato de x milhões de reais tem o direito de cobrar taxas diferenciadas entre seus clientes se o contrato for maior ou menor."
21/12/2006
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