Inicialmente prevista para ser aberta no dia 12 de fevereiro, a licitação para contratação do projeto executivo para a duplicação de um trecho do anel viário de Campo Grande e da BR-262, entre a Capital e Terenos, foi suspensa por tempo indeterminado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O anúncio para contração deste projeto, orçado em R$ 7,64 milhões, foi publicado no dia 19 de dezembro. A suspensão de agora, conforme o DNIT, ocorreu para correção do edital original e em breve deve ser republicado.
No total, conforme o edital original, serão 42,6 quilômetros de duplicação. Deste total, 23 quilômetros são relativos ao trecho que começa na rotatória na saída para São Paulo (entroncamento com a BR-163), vai ao sentido ao aterro sanitário, cruza a rotatória na BR-060 (saída para Sidrolândia) e vai até a região do Indubrasil, onde será construído um contorno para retirar o tráfego da área urbana.
O restante refere-se ao trecho entre o Indubrasil até as imediações do posto da Polícia Rodoviária Federal, logo após a cidade de Terenos, no entroncamento com a MS-352. A licitação que foi suspensa era somente para contratação de projeto executivo.
Para execução da obra de duplicação serão necessários em torno de R$ 200 milhões, uma vez que existe a necessidade de construção de uma série de viadutos e pontes sobre os córregos Anhanduizinho e Imbirussu, entre outros.
Somente a elaboração do projeto executivo deve demorar em torno de 16 meses, conforme prazo estipulado pelo DNIT. Somente depois disso, já no final do segundo semestre de 2026, é que poderia ser lançada a licitação para contratar uma empresa para executar a obra de duplicação. Para isso, porém, existe a necessidade de caixa do governo federal.
PROMESSAS DE DUPLICAÇÃO
Se esta e as outras promessas saírem do papel, todas as cinco importantes rodovias de acesso a Campo Grande serão duplicadas, colocando fim à lentidão no tráfego na chegada e saída da cidade.
A duplicação das saídas para Dourados e Cuiabá está prevista no projeto de repactuação do contrato do governo federal com a CCR MSVia. Neste projeto também está prevista a duplicação dos 25 quilômetros do anel viário, entre a rotatória na saída para Dourados até a rotatória do bairro Nova Lima. Estas obras, porém, vão demorar pelo menos cinco anos.
Outra duplicação está prevista no pacote de obras da chamada Rota da Celulose, que pretende privatizar 870 quilômetros de rodovias, incluindo a BR-262 entre Campo Grande e Três Lagoas. E neste projeto está prevista a duplicação do trecho entre a Capital e a fábrica de celulose da Suzano, logo após Ribas do Rio Pardo. A concessão das rodovias deve acontecer até abril e o vencedor terá em torno de seis anos para duplicar o trecho.
As outras duas saídas, para Sidrolândia e Terenos, conforme a previsão, serão duplicadas pelo governo Federal. Além do tráfego que já existia, entre eles as carretas com minério de ferro, a saída para Terenos ganhou fluxo adicional após a construção de uma nova via de acesso a Bonito, em meados de 2024.
Até então, a maior parte dos veículos passava por Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna e depois Bonito. Agora, o trecho encolheu em torno de 40 quilômetros e passa por Anastácio (via 262), acessa a BR-419 naquela cidade e depois pega à direita rumo ao distrito Águas de Miranda, pela nova rodovia.
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