O prefeito de Campo Mourão, Nelson Tureck (PMDB), disse ontem, durante solenidade de abertura do ano letivo no Teatro Municipal, que não houve favorecimento na licitação que em 2006 contratou a empresa Embracol para executar o transporte escolar no município. A denúncia de que o edital de licitação teria sido alterado para favorecer a empresa virou uma ação do Ministério Público, com pedido de ressarcimento aos cofres públicos.
Com o exemplar da TRIBUNA em mãos onde foi publicada a notícia sobre a ação da promotoria, Tureck afirmou diante de autoridades e centenas de professores, que a licitação foi feita de forma legal e que a empresa vencedora foi a que apresentou o menor preço. “Nós abrimos a licitação, o Brasil inteiro poderia participar. Eu não vim para fazer experiência na prefeitura de Campo Mourão, tenho que fazer um tostão valer um milhão”, ressaltou o prefeito.
Segundo ele, o município só pagaria até R$ 2,00 o quilômetro rodado, por isso as demais empresas se retiraram. “Eles disseram que não dava para fazer por R$ 2,00 e esperavam que se esvaziasse e não aparecesse ninguém para forçar o município a pagar para não ficar sem transporte. Ainda bem que teve a empresa que entrou a R$ 1,96; hoje estamos pagando R$ 2,03. Não participou quem não quis, porque foi pregão eletrônico presencial”, argumentou o prefeito.
O prefeito também apresentou aos professores a edição de domingo (10) da TRIBUNA e comentou a manchete sobre a geração de empregos, onde Campo Mourão aparece com a 6ª maior taxa em 2007. “Isso aqui é a vitória de todos nós”, complementou. Ainda sobre a ação do Ministério Público, ele respondeu algumas perguntas exclusivas feitas pela reportagem da TRIBUNA.
TRIBUNA – O Ministério Público afirma que houve favorecimento na licitação do transporte escolar. O que o senhor diz sobre isso?
TURECK - A licitação foi feita para todos, o Brasil inteiro poderIa participar. Não são as empresas que vão aqui ditar normas, dizendo que por R$ 2,00 não daria para fazer. Eu sei que dá para fazer. Tinha várias empresas, se retiraram e a empresa que entrou e ganhou a licitação está fazendo o transporte até hoje, com qualidade e o mais barato do Paraná. Fiz a minha parte e quem está ganhando é a cidade. Agora vamos fazer a nossa defesa, mas a gente lamenta, porque o processo foi aberto, venceu o preço menor e precisa ver também de quem é o interesse por trás dessa ação, se é alguém que queria cobrar mais pelo transporte escolar.
TRIBUNA - Mas o Ministério Público diz que houve alteração no edital para favorecer a empresa que ganhou e que as outras empresas nem ficaram sabendo dessas mudanças. O senhor confirma?
TURECK - Não houve nada disso aí. A mudança que houve no edital é para participação de todos. Como prefeito da cidade não vou entrar no jogo de pagar mais porque empresas acham que não dá para fazer. Eu tenho conhecimento e sei que dá, tanto que a empresa que ganhou está fazendo o transporte. Por que os outros não participaram agora?
TRIBUNA - A promotoria sustenta também que a empresa nem tinha ônibus quando venceu a licitação e que a compra dos veículos foi feita depois de concluído o processo licitatório.
TURECK - Quero perguntar o seguinte: quem está lucrando com o transporte escolar? Campo Mourão. Primeiro tenho que olhar o município, tenho que administrar conforme eu posso pagar e não o que os outros querem.
TRIBUNA - E sobre o pedido da promotoria de devolução do dinheiro?
TURECK - Isso é uma barbaridade, afinal o serviço foi prestado. Não tenho nem palavras para comentar sobre uma coisa dessas. Eu poderia falar para você se eu tivesse pagando quase R$ 3,00 como outras cidades do Estado, como Cascavel e Irati. Pagamos hoje R$ 2,03. Fazemos o que é melhor para Campo Mourão.
TRIBUNA - Mas com todas essas argumentações, por que o senhor acha que mesmo assim o Ministério Público propôs essa ação?
TURECK - É uma opinião deles e nós vamos contestar. Eu teria que estar preocupado se tivesse pagando R$ 2,60 e alguém fizesse por R$ 2,00.
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