Campinas enfrenta há anos o problema recorrente das enchentes. Áreas de risco se multiplicam e o número de vítimas aumenta a cada período chuvoso, afetando bairros diversos, incluindo o Centro da cidade. Para enfrentar a situação, a Prefeitura vai lançar uma licitação para obras, incluindo a construção de um reservatório na Avenida Orosimbo Maia, próximo ao Mercado Municipal. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, a obra será um passo essencial para reduzir a incidência de alagamentos e proteger áreas vulneráveis do centro da cidade.
Este será um dos reservatórios usados no combate ao crescimento expressivo das áreas de risco em Campinas. Um levantamento recente apontou um aumento de 26,4% nesses pontos. Em 2022, a Defesa Civil identificava 34 locais que apresentavam perigo de alagamento em dias de chuva intensa; hoje, esse número subiu para 43. Esses pontos foram sinalizados pela Emdec, empresa responsável pelo trânsito, com o objetivo de orientar motoristas e pedestres sobre os riscos e oferecer mais segurança à população.
De acordo com a Prefeitura, o aumento das áreas de risco é reflexo de alterações estruturais nas vias da cidade e mudanças nas características dos bairros, somadas ao impacto dos temporais cada vez mais intensos. Em nota, a administração municipal frisou que as intervenções buscam minimizar o impacto das enchentes nas áreas mais críticas e proteger a população.
Em julho esses locais de alagamentos frequentes começaram a receber obras de melhoria, ao todo são oito obras de combate às enchentes que já estão em andamento, nas bacias do córrego Serafim, na avenida Orosimbo Maia e no córrego Proença, na avenida Princesa d’Oeste.
O investimento é de mais de R$ 205 milhões, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, como conta o secretário.
Um dos locais de atenção é a região do Curtume, entre as avenidas Sylvio Moro e Dr. Carlos de Campos. Na última semana, uma jovem de 18 anos perdeu a vida após ser arrastada pela força da enxurrada nesse local. Barreiro destacou que a região é problemática e que ainda são feitos estudos para evitar mais tragédias no local.
A defesa Civil publicou uma lista de recomendações do que fazer e não fazer durante chuvas em Campinas. A prioridade é Proteger a vida, a dos familiares e amigos indo para um terreno ou um andar mais alto, evitar contato com águas de inundação para não contrair doenças, nunca cruzar pontes, ruas ou avenidas alagadas. Procurar sempre um lugar elevado para estacionar. Além disso, vale lembrar que águas de inundação são pesadas e violentas. Mesmo sabendo nadar, não é para se arriscar em travessias ou brincadeiras. Apenas 15cm de água em movimento pode derrubar uma pessoa, e e 30cm de água em movimento são suficientes para arrastar o veículo.
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